domingo, 15 de maio de 2011

A emoção e o perigo.

Profissionalmente envolvido com o triathlon, tenho acompanhado inúmeros atletas amadores que se iniciam na modalidade, e como todo iniciante, ainda não dominam as técnicas das modalidades de maneira satisfatória, tendo no aperfeiçoamento das destrezas necessárias a natação e ao ciclismo, uma prioridade. A corrida é "natural".
A natação, por ter seu treinamento em piscinas, é desenvolvida com segurança, mas o ciclismo, que necessita ser treinado em estradas (ou similares), tem tirado com muita frequência os praticantes, não apenas dos treinos, como muitas vezes do trabalho.
A queda e a morte de mais um ciclista na europa, nos remete a uma maior consciência do que fazemos em cima de nossas bicicletas, e quão perigoso é esquecermos disto.
Vários profissionais deixaram esta vida nos momentos aonde mais intensamente a viviam: pedalando. Somados aos anônimos, os números espantam.
Atletas e amigos, pedalem com consciência, na defensiva. Antecipem o perigo, e não confiem 100% na sua habilidade, nem no seu equipamento.
A vida pede atenção.
A morte de Casartelli me chocou em 95, e de lá para cá tivemos outros casos:

1995: Campeão olímpico, o italiano Fabio Casartelli cai na descida de Portet d'Aspet, na 15.ª etapa do Tour de France, morrendo algumas horas depois.
1999: O espanhol Manuel Sanroma sofre uma queda mortal ao final da segunda etapa da Volta à Catalunha.
2003: O cazaque Andrei Kivilev cai na segunda etapa da Paris-Nice e morre na manhã seguinte.
2005: O italiano Alessio Galletti sofre uma parada cardio-respiratória durante a Subida ao Naranco, na Espanha.
2008: O português Bruno Neves, sofre uma queda violenta durante a Clássica de Amarante. A autópsia revelou uma parada cardíaca.
2011: O belga Wouter Weylandt cai na descida do Passo del Bocco, a 25 quilómetros da chegada da terceira etapa do Giro.

Prof Homero Cachel

2 comentários:

  1. Otimo Post Coach ...

    Infelizmente esse é o risco de todos os atletas praticante do ciclismo ou do triathlon.

    No meio profissional, geralmente associo essas tragedias a "simples" fatalidades.

    Mas no meio amador, nosso caso, infelizmente os acidentes geralmente sao ocasionados pela falta de experiencia dos atletas.

    Deixo aqui uma sugestão:

    "Voce podia ministrar uma clinica sobre conduta e postura em cima da bike ao pedalar nas cidades, rodovias, competições, etc ... informando sobre os sinais necessarios feitos com as mãos, conduta e comportamento ao pedalar em meio a um pelotão, etc ..."

    Acho que sera muito produtivo e com certeza irá acrescentar a todos.

    Na oportunidade poderia ser ministrado tambem uma clinica basica sobre mecanica ciclistica(ferramentas, como trocar um pneu, o que levar ao sair para pedalar, calibragem, etc ...)

    Abraço,

    Rodrigo

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