quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os 4 Estilos (???) da Natação

A natação apresenta uma forma interessante de designar os nados, normalmente chamados de “estilos”, com os tradicionais nados borboleta, costas, peito e crawl, e atualmente com a inclusão da “golfinhada submersa ” como sendo uma quinta técnica de nado, pois é parte integrante dos nados borboleta, costas e crawl após as saídas e as viradas, sendo esta “golfinhada submersa ” permitida até a distância de 15 m da borda.
Alunos e atletas de natação (triathlon) questionam seus professores e técnicos em relação aos seus nados, e é quase sempre inevitável a comparação com àqueles atletas mais qualificados ou que estão em destaque no momento.
Para analisarmos as técnicas de nado devemos ter em conta o seguinte:
Não temos 4 (ou 5) estilos na natação competitiva. Temos sim 4 técnicas de nado regidas por regras que limitam o que se pode executar naquele determinado nado, em relação a posição do tronco, ao movimento dos membros, à coordenação entre estes, aos procedimentos da saída e da fase submersa e aos movimentos de aproximação e execução da virada, além do aproveitamento da fase submersa após esta.
Ao consultar alguns dicionários, disponibilizados na internet, temos em relação à estilo:
iDicionário Aulete – estilo: Maneira pessoal de dançarino, cantor, jornalista, esportista etc. destacado apresentar o seu trabalho: o estilo de Tom Jobim.
Houaiss – estilo: Modo pessoal, singular de realizar ou executar algo (falando-se de figuras importantes no âmbito do esporte, do cinema, da dança etc.) Ex.: o estilo de Almodóvar
Michaelis – estilo: Maneira de dizer, escrever, compor, pintar ou de esculpir de cada um.
Com um simples exercício de reflexão chegamos a seguinte definição: estilo (em natação), é a maneira pessoal de cada nadador interpretar as técnicas de nado.
Portanto, temos inúmeras possibilidades de “estilo”, e esta variação na interpretação da técnica é dependente de um enorme número de fatores. Basta lembrar, não existem duas pessoas iguais (mesmo gêmeos homozigotos tem características diferentes herdadas do fenótipo), e o que é bom para um, nem sempre é o melhor para outro.
Para professores e técnicos, é importante conhecer as possíveis variações de “estilo” dos nadadores para uma mesma técnica (nado crawl, por ex.), e ter em conta que existem “estilos” mais adequados ao desenvolvimento da velocidade e “estilos” mais apropriados para as provas mais longas, e portanto “estilos” apropriados para diferentes atletas.
Como exemplo podemos citar no nado crawl a técnica “kayak” (Popov, Sherer, Cielo, de Bruin) que se destacou com os velocistas, e a técnica “catch up” (Thorpe, Hackett, Phelps), mais eficiente em provas longas.
Cada um, com seu “estilo” próprio (respeitando as bases técnicas da hidrodinâmica e da biomecânica), pode obter sucesso, dependendo é claro, de dezenas de outros fatores.


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