terça-feira, 10 de agosto de 2010

Natação Superando as Expectativas

O francês Camille Lacourt quebrou o recorde europeu dos 100 m Costas nesta terça-feira, com 52s11 (recorde mundial de 51s94 de Aaron Peirsol - 2009), ele virou o primeiro nadador a superar uma grande marca (o recorde europeu) na natação sem o auxílio das roupas tecnológicas (maiôs emborrachados).
O feito foi alcançado na final do Campeonato Europeu, em Budapeste, na Hungria.
Outro grande resultado deste ano foi alcançado por Ryan Lochte, que, no Campeonato Norte-Americano, venceu a prova de 200 m Medley com 1min54s84 (recorde mundial de 1min54s10 – Ryan Lochte - 2009) .
Parece, que num futuro mais próximo do que imaginavamos, as marcas estabelecidas com os supermaiôs começarão a cair.


Prof. Homero Cachel

domingo, 8 de agosto de 2010

Vitória Brasileira


O brasileiro Reinaldo Colucci venceu neste domingo a etapa húngara da Copa do Mundo de triatlo, na cidade de Tiszaujvaros, na Hungria. Colucci já havia conquistado importantes colocações em provas anteriores, mas esta vitória foi a melhor colocação de um atleta masculino brasileiro nos últimos 12 anos. A última vitória brasileira havia sido conquistada por Alexandre Manzan, em 1998, na etapa de Gamagori, Japão.
Colucci completou com o tempo de 1h49min07s após os 1.500 m de natação no lago Tolnai, os 40 km de ciclismo e os 10 km de corrida. O mexicano Crisanto Grijales ficou com a segunda colocação, e o tcheco Martin Krvanek.com a terceira.
Na prova feminina, Carla Moreno terminou em terceiro lugar, com o tempo de 2min01s10, muito próxima das primeiras colocadas. A prova foi vencida pela ucraniana Yuliya Sapunova, com o tempo de 2h01min01, seguida da britânica Jodie Swallow, que foi segunda com 2h01min02.
Carla Moreno já havia vencido duas etapas da Copa do Mundo de triatlo, no Rio de Janeiro( 2003), e em Mazatlan, no México (2004).
Prof. Homero Cachel

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Bom Resultado

O paranaense Guilherme Manochio retorna ao Brasil trazendo um grande resultado conquistado no Campeonato Mundial de Triathlon de Longa Distância, que foi disputado em Immenstadt, cidade alemã junto aos Alpes, num dos percursos mais duros da história recente da modalidade. O jovem atleta alcançou a decima terceira colocação na categoria elite, a qual reuniu mais de 40 triatletas dentre os mais gabaritados de todo o mundo. O percurso com 4 Km de natação, 130 Km de ciclismo e 30 Km de corrida foi percorrido por Manochio em 6 h 45 minutos e 33 segundos, sendo que o vencedor, o francês Sylvain Sudrie completou a prova em 6 h 24 minutos e 57 segundos.


Prof. Homero Cachel

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nas Férias, Triathlon.


No período de férias da F-1, os pilotos aproveitam para descansar, ficar com a família e praticar os esportes que mais gostam. No caso de Jenson Button (foto), competidor da McLaren, foi um dos primeiros do grid a disputar uma prova de triathlon e já está convencendo mais pilotos a aderirem ao esporte. Neste domingo, Button disputa o Garmin Triathlon de Londres, que contará com a participação de 15 mil atletas, que farão 750 metros nadando, 20 km pedalando e 5km correndo, na categoria sprint, e a olímpica (1,5 km nadando, 40 km de bicicleta e 10 km correndo). O atual campeão da categoria já disputou a prova no ano passado, na distância olímpica, e terminou com tempo de 2 horas e 7 minutos, ficando entre os 200 mais bem colocados e a pouco mais de 10 minutos dos profissionais. Nico Rosberg é outro competidor que fará o mesmo desafio. O piloto da Mercedes estará no triathlon de Kitzbuhel, na Áustria, que acontece no dia 15 de agosto. Além dos dois, Lewis Hamilton, parceiro de Button na McLaren, também deve participar do triathlon em Londres. Mark Webber e Adrian Sutil mostraram seu desejo de comptir, mas não o farão ainda.
Matéria extraída do www.tazio.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nova Realidade



A nova realidade da natação mundial será posta em evidência a partir de hoje (03/08), pois a temporada de eventos de grande porte se inicia em Irvine -USA, com o campeonato americano, e segue com o Campeonato Europeu de Piscina Longa (a partir de 09/08), que será realizado em Budapeste – Hungria, e culminará com o Pan-Pacific, novamente em Irvine – USA, a partir do dia 22 de agosto.
Após a proibição das roupas tecnológicas (maiôs emborrachados), nenhum recorde foi estabelecido, cessando a avalanche de tempos inacreditáveis que a natação brasileira e mundial nos apresentou nos últimos anos.
“O mais interessante vai ser ver quem está empenhado em fazer a transição. Nessa nova fase, você precisa treinar mais, se esforçar mais. Vamos ver quem trabalhou de verdade na temporada”, comentou Michel Phelps, quando questionado sobre o que espera destas competições.
Vamos aguardar os resultados, e nos adaptar a nova realidade.


Prof. Ms. Homero Cachel

domingo, 25 de julho de 2010

Cancelara absoluto!!! Contador campeão.

Penultima etapa do Tour de France. Contra-relogio de pouco mais de 50 Km. Cancelara na primeira colocação com média superior a 50 Km/h. Nada mais a comentar, o motor está dentro do homem.
Grande Tour de Contador e Schelck. Armstrong, quem sabe , na aposentadoria. Estamos na espera de novos super-homens. Em 2011 teremos uma nova historia.

Prof. Homero

terça-feira, 13 de julho de 2010

Como analisar a performance no triathlon?




Inúmeras vezes atletas questionam os seus desempenhos na prova de triathlon, levando em consideração seus tempos absolutos ou parciais nas provas que disputam, sem considerar que no triathlon, mesmo quando se compete num mesmo percurso (ex. percurso do SESC - Caiobá), cada prova é única, e a comparação com resultados anteriores deve ser feita com muito cuidado.


Cada modalidade sofre a interferência de variáveis que influenciam de forma direta o tempo de prova.
Na natação temos a possível variação da distâna do percurso, a influência das marés e dos ventos, a temperatura da água, o sentido em quse nada, a facilidade ou dificuldade de orientação durante o nado, ...
No ciclismo temos a direção e a intensidade do vento, a temperatura, a umidade relativa doa ar, a possibilidade ou não do uso do vácuo, a tática de prova, ...
A corrida também sofre a influência das variáveis climáticas (vento, temperatura, umidade), e é fortemente influenciada pelo cansaço das etapas anteriores.
Portanto a comparação dos tempos deve ser feita de modo que se avalie de uma forma mais adequada o desempenho na prova.
Uma maneira que considero interesste é de avaliar a performance em percentuais, tanto da prova como um todo, bem como de cada modalidade isoladamente, calculando as diferencas em relação a atletas mais qualificados (ganhador da categoria, ou média dos 3 primeiros colocados como exemplo).

Se tivermos os tempos parciais do percurso (com ou sem as transições incluidas), podemos proceder da seguinte forma:

Exemplo para prova Sprint (750 m / 20 Km / 5 Km):

Atleta referência: natação: 12`30" ciclismo: 33`00" corrida: 19`30" Total: 1h05`00"


Nosso atleta: natação: 13`10" ciclismo: 35`00" corrida: 20`15" Total: 1h08`25"


Percentuais natação: +5,33% ciclismo: +6,06% corrida: +3,85% Total: +5,00%


Analisando chegamos a seguinte conclusão: o atleta deve concentrar seus esforços para reduzir a deficiência encontrada na natação (5,33%) e no ciclismo (6,06%), que são as modalidades nas quais ele está com maiores dificuldades. Os 40 segundos perdidos na natação são mais significativos do que os 45 segundos perdidos na corrida. Os 2 minutos no ciclismo, indicam uma necessidade de aumentar a carga (volume x intensidade), ou um melhor uso do equipamento (técnica de pedaleo).
Agora é só treinar.


sábado, 3 de julho de 2010

Fabian Cancelara


Alguns dias atrás colocaram em dúvida a performance de Cancelara nos últimos eventos, alegando que este utilizou-se de uma bicicleta que possuia um motor elétrico dentro do tubo vertical, o qual era acoplado ao movimento central, e que por alguns minutos podia gerar uma potência de aproximadamente 100 W a mais.

Fiquei na dúvida em relação a este artíficio ilegal, mas confesso que torço para que seja apenas uma tentativa de prejudica-lo, pois se for verdade, o grande prejudicado será o esporte.

Hoje (03/07/10) se iniciou mais uma edição do Tour de France, e Cacncelara foi o penúltimo a largar no prólogo. Confesso que torci para que fosse o vencedor (o que aconteceu), pois assim fica difícil de dizer que o atleta anda "só porque tem um motor".

Cancelara mostrou que o motor está dentro dele.

Abraços


Homero

terça-feira, 29 de junho de 2010

Longevidade Esportiva

Recebí meu newsletter do El Depornauta (Argentina), e uma noticia me chamou atenção: Jeannie Longo, prestes a completar 52 anos de idade, venceu novamente o campeonato francês de contra-relógio individual, colocando boa vantagem na segunda colocada. E não estamos falando em prova master, e sim da categoria principal do ciclismo francês. Está certo que o ciclismo feminino não possui tanta competitividade como o masculino, mas a façanha é notavel. Vale lembrar, que aos 49 anos, ela quase beliscou o bronze em Pequin, nas últimas olimpíadas (terminou na quarta colocação).

Seu currículo hiper reduzido:

- 3 Tours de France consecutivos (1987, 1988 e 1989)


- Ouro Olímpico em Barcelona


- 13 campeonatos mundiais


- 15 campeonatos franceses de estrada


- 9 campeonatos franceses de contra-relógio


- muitos outros de pista, recordes, medalhas de prata, etc.


O que leva uma pessoa a ter esta performance até esta idade?

Como se mantém motivada por tanto tempo?

Como é sua saúde, além de sua performance?


Curiosidades que me passam pela cabeça.



Homero

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os 4 Estilos (???) da Natação

A natação apresenta uma forma interessante de designar os nados, normalmente chamados de “estilos”, com os tradicionais nados borboleta, costas, peito e crawl, e atualmente com a inclusão da “golfinhada submersa ” como sendo uma quinta técnica de nado, pois é parte integrante dos nados borboleta, costas e crawl após as saídas e as viradas, sendo esta “golfinhada submersa ” permitida até a distância de 15 m da borda.
Alunos e atletas de natação (triathlon) questionam seus professores e técnicos em relação aos seus nados, e é quase sempre inevitável a comparação com àqueles atletas mais qualificados ou que estão em destaque no momento.
Para analisarmos as técnicas de nado devemos ter em conta o seguinte:
Não temos 4 (ou 5) estilos na natação competitiva. Temos sim 4 técnicas de nado regidas por regras que limitam o que se pode executar naquele determinado nado, em relação a posição do tronco, ao movimento dos membros, à coordenação entre estes, aos procedimentos da saída e da fase submersa e aos movimentos de aproximação e execução da virada, além do aproveitamento da fase submersa após esta.
Ao consultar alguns dicionários, disponibilizados na internet, temos em relação à estilo:
iDicionário Aulete – estilo: Maneira pessoal de dançarino, cantor, jornalista, esportista etc. destacado apresentar o seu trabalho: o estilo de Tom Jobim.
Houaiss – estilo: Modo pessoal, singular de realizar ou executar algo (falando-se de figuras importantes no âmbito do esporte, do cinema, da dança etc.) Ex.: o estilo de Almodóvar
Michaelis – estilo: Maneira de dizer, escrever, compor, pintar ou de esculpir de cada um.
Com um simples exercício de reflexão chegamos a seguinte definição: estilo (em natação), é a maneira pessoal de cada nadador interpretar as técnicas de nado.
Portanto, temos inúmeras possibilidades de “estilo”, e esta variação na interpretação da técnica é dependente de um enorme número de fatores. Basta lembrar, não existem duas pessoas iguais (mesmo gêmeos homozigotos tem características diferentes herdadas do fenótipo), e o que é bom para um, nem sempre é o melhor para outro.
Para professores e técnicos, é importante conhecer as possíveis variações de “estilo” dos nadadores para uma mesma técnica (nado crawl, por ex.), e ter em conta que existem “estilos” mais adequados ao desenvolvimento da velocidade e “estilos” mais apropriados para as provas mais longas, e portanto “estilos” apropriados para diferentes atletas.
Como exemplo podemos citar no nado crawl a técnica “kayak” (Popov, Sherer, Cielo, de Bruin) que se destacou com os velocistas, e a técnica “catch up” (Thorpe, Hackett, Phelps), mais eficiente em provas longas.
Cada um, com seu “estilo” próprio (respeitando as bases técnicas da hidrodinâmica e da biomecânica), pode obter sucesso, dependendo é claro, de dezenas de outros fatores.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Homero Cachel (centro)- Centro Cívico 1987

Até a década de 90, o Circuito do Centro Cívico (com opções de curto e longo), recebia regularmente as competições de ciclismo nos finais de semana, e também durante a noite, de segunda a sexta, era utilizado para treinamento daqueles que trabalhavam durante o dia e não podiam treinar em outro período. Grandes provas foram realizadas neste circuito, e algumas histórias (verdadeiras ou não) daí saíram. Algumas delas postarei oportunamente.

Triathlon das Praias (primeira prova de triathlon no Paraná - 1983)

1º Triathlon no Paraná. Homero Cachel (e) e Marco Cachel (d).
O primeiro triathlon disputado no Paraná levou o nome de Triathlon das Praias, e foi realizado com o percurso de natação cruzando o Canal da Baía de Guaratuba (entre a Praia de Caieiras-Guaratuba e a Prainha de Caiobá), o de ciclismo percorrendo a estrada que liga Matinhos a Pontal do Sul, num percurso de ida e volta até Praia de Leste, aonde se iniciou a corrida até Caiobá.
A prova foi disputada com o transito aberto (apenas controlado), tanto no ciclismo como na corrida, e a natação largou num horário que a correnteza da maré levou os "atletas" para cima do ancoradouro dos ferry-boats.
As distâncias dos percursos não eram como hoje, e o amadorismo foi algo que impressionou. Lembro de ver minha bicicleta chegar em Caiobá jogada numa "tombeira" (é isso mesmo, aqueles caminhões basculantes que transportam terra, caliça, etc), juntamente com dezenas de outras bicicletas. Para minha sorte, eu tinha um quadro de Caloi 10, grupo "ferranholo", com rodas de alumínio Cassola, e pneus tubulares Olímpico Standart (selo verde). Dá vontade de rir só de lembrar.
Como "grande atleta" que fui, lembro de ter sofrido muito na natação (corrente), pedalado sem medo no ciclismo (arrisquei muito no trânsito), e ter me arrastado na corrida (prego de fome, pois queria muito tomar uma Coca e comer doce de amendoim).
Gostei do desafio, fiz outras provas e comecei a criar uma metodologia de treinamento para a modalidade, sem referências, pois estas não existiam.
Admiro muito os verdadeiros triatletas, não apenas os profissionais, mas também àqueles amadores que aceitam o desafio de fazer sempre o melhor, dentro de suas possibilidades, competindo dentro da ética do esportiva.